
Quem canta a música são adultos, mas as dançarinas, são crianças. O refrão diz: crééééééu, e a mamãe se orgulha em ver a pequena filha fazendo a coreografia junto das amiguinhas no seu aniversário de oito anos. E quem não se orgulharia? Afinal, a filhinha linda dançava exatamente como o novo ícone de beleza e inteligência do Brasil, a mulher melancia!
Lembro-me da minha infância, onde tanta coisa era dita para que as crianças aprendessem a comer frutas e verduras... Sem sucesso.. As belas historinhas, como a "do menino fraquinho que não comia verdura, e de tão fraco, o vento o levou para uma caverna que comia crianças fracas", não convenciam. Era necessário inovar! A nossa geração se frustrou quanto a isso, porém, nada que os intelectuais do funk brasileiro não viessem a obter êxito anos depois.
O primeiro passo já foi dado. Os adultos já se conscientizaram a respeito de uma alimentação mais saudável, e em qualquer boteco de esquina o que se ouve são marmanjos dizendo que adorariam comer a "melancia", e assim, a mulher melão, moranguinho e jaca também ganharam forças! Nas escolas, os alunos impacientes cantam e dançam a música do créu na fila da merenda. Como nem tudo é perfeito, claro que isso trouxe alguns contratempos, como casos onde pais de família com vontade de ter uma melancia em casa, passam a rejeitar os maracujás enrugados que antes, comiam todo dia.
O próximo passo da grande estratégia, será lançar as mulheres vegetais! Os brasileiros estão ansiosos para ver a mulher quiabo dançando ao lado da mulher agrião, e o MC Rabanete cantando créu nos vegetais, provando que mal hábitos como o de comer apenas carne (dos tempos da antiga eguinha pocotó), já ficaram pra trás.
Nós, como meros espectadores e consumidores passivos de tudo isso, apenas agradecemos a todas essas mentes brilhantes pela inovação, sem esquecer da mídia, que sempre é fiel em colocar no topo da fama aqueles que o povo aplaude e que são os maiores exemplos para nossas crianças. Ficamos felizes também, em constatar que as músicas que mais ouvimos, são também as que crianças mais gostam, o que prova o grau de maturidade das mesmas, pois com média de oito anos, desenvolveram uma intelectualidade tão brilhante quanto a de nós adultos, que também privamos por uma alimentação mais saudável.
Assim como crianças, seguimos cegamente o que nossos ícones orientam, pois não fomos nós que regredimos, e sim as crianças que cresceram! E afinal, os palhaços sempre existem porque o público paga ingresso para ir ao circo.
HuMano Tchelo
Lembro-me da minha infância, onde tanta coisa era dita para que as crianças aprendessem a comer frutas e verduras... Sem sucesso.. As belas historinhas, como a "do menino fraquinho que não comia verdura, e de tão fraco, o vento o levou para uma caverna que comia crianças fracas", não convenciam. Era necessário inovar! A nossa geração se frustrou quanto a isso, porém, nada que os intelectuais do funk brasileiro não viessem a obter êxito anos depois.
O primeiro passo já foi dado. Os adultos já se conscientizaram a respeito de uma alimentação mais saudável, e em qualquer boteco de esquina o que se ouve são marmanjos dizendo que adorariam comer a "melancia", e assim, a mulher melão, moranguinho e jaca também ganharam forças! Nas escolas, os alunos impacientes cantam e dançam a música do créu na fila da merenda. Como nem tudo é perfeito, claro que isso trouxe alguns contratempos, como casos onde pais de família com vontade de ter uma melancia em casa, passam a rejeitar os maracujás enrugados que antes, comiam todo dia.
O próximo passo da grande estratégia, será lançar as mulheres vegetais! Os brasileiros estão ansiosos para ver a mulher quiabo dançando ao lado da mulher agrião, e o MC Rabanete cantando créu nos vegetais, provando que mal hábitos como o de comer apenas carne (dos tempos da antiga eguinha pocotó), já ficaram pra trás.
Nós, como meros espectadores e consumidores passivos de tudo isso, apenas agradecemos a todas essas mentes brilhantes pela inovação, sem esquecer da mídia, que sempre é fiel em colocar no topo da fama aqueles que o povo aplaude e que são os maiores exemplos para nossas crianças. Ficamos felizes também, em constatar que as músicas que mais ouvimos, são também as que crianças mais gostam, o que prova o grau de maturidade das mesmas, pois com média de oito anos, desenvolveram uma intelectualidade tão brilhante quanto a de nós adultos, que também privamos por uma alimentação mais saudável.
Assim como crianças, seguimos cegamente o que nossos ícones orientam, pois não fomos nós que regredimos, e sim as crianças que cresceram! E afinal, os palhaços sempre existem porque o público paga ingresso para ir ao circo.
HuMano Tchelo
Desabafando!
ResponderExcluirCantamos as canções da moda para arrancar sorrisos. Fingimos ser compatriotas empunhando nossas bandeiras no peito!
Apesar de tudo o que dizem que emociona, nada passa de um teatro mágico. Apesar de tudo, de tudo, ah ... que canseira! Eles serão eles. Eu serei eu.
Mas carregados do espírito que atua nos filhos da desobediência, não perceberemos que isso acontece todos os dias, enquanto mantemos os braços cruzados. Que Deus perdoe e que a Graça e a Misericórdia faça, o quanto antes, acordarmos para saber que essa carapuça cabe certinho em nós e que a gente se deixe enforcar por ela até a nossa morte. Quando eu não vivo mais, Cristo vive em mim.
Esse é o Evangelho da Vida. E eu me envergonho de viver tão pouco.
Agora, lá praqueles lados do Rio, onde o Funk já faz parte da programação "cultural" da cidade e estado, há rumores sobre legalização dos bailes. Pode ser que surjam concursos de "Mis Mulher melancia Mirim" - De 6 a 14 anos. Ah, mas nas igrejas a onde tbm pegou...no louvor, a nova onda é "céuuuu, céuuu" ... E, claro, as crianças não ficam de fora. Essa é a nova musica das cantatas infantis...dizem que existe coreografia e tudo. Vai entender! São aí as "boas" cabeças dos crentes de hoje...
ResponderExcluir