quarta-feira, 17 de março de 2010

Ei tempo, da um tempo pra mim!

Era só mais um dia comum para um jovem malandro.
Assim que traiu seu irmão, fugiu para outra cidade pra tentar fazer a vida longe das ameaças de quem pretendia o matar. Ele já estava tão acostumado a dar um "jeitinho" para resolver as coisas, e acreditava que sempre existia uma solução fácil e rápida pra tudo! Chegando na cidade (que até então desconhecia), viu uma jovem com dificuldade para pegar água no poço, e como malandro é malandro é mané é mané, rapidão deu seu jeitinho para ajudá-la (o cara era o tal brasileiro). Nesse simples encontro, tudo mudou! O malandro roubou um beijo de Raquel e descobriu que ela era 'o grande amor de sua vida'! Ele faria de tudo para conquistar a mulher amada e até mesmo falar com Labão, pai da garota, um homem de negócios que preferia o lucro aos relacionamentos. 

Ao falar com Labão, as notícias não foram nada animadoras. Jacó quer Raquel, mas Labão quer dinheiro, e o resultado? Ele se propõe a trabalhar sete anos para pode ser casar com Raquel.
Embora foi fácil aceitar o desafio no primeiro momento, difícil foi se deparar com seu inimigo: o tempo!
 
Ao tempo não existe malandragem. Não da pra driblar o tempo. Ele não favorece uns e desfavorece outros. O tempo é democrático, igual pra todos, rico ou pobre, ansioso ou tranquilo.
 
Ele é amigo ou inimigo?
 
Para quem sabe usar a favor, o tempo se torna professor e a pessoa aprendiz. Ele ensina muita coisa. Nos mostra quais dos nossos sonhos são verdadeiros e sobrevivem a ele. Nos faz também entender que alguns de nossos desejos - o qual trocaríamos tudo para que fosse realizado - não passava de coisa de momento e talvez não valeria a pena esperar por ele.
 
Verdadeiros sonhos podem sobreviver anos e é o tempo quem os prova. 
O amor também! Paulo diz que ele tudo espera.

Não seria melhor usar o tempo como aliado? Foi o que Jacó fez! Ele trabalhou muito nesse tempo. E quanto a malandragem de Jacó, depois de tanto enganar foi enganado por Labão que o fez trabalhar quatorze anos para ter Raquel, sendo que o combinado seria sete. Assim, a lição foi passada e teve muito tempo para pensar e repensar em todos os seus caminhos. O tempo foi o maior aliado em seu aprendizado.

Alguns anos atrás, eu também tive uma briga feia com o tempo. Não me conformei com o que "ele" me fez e escrevi uma música pra desabafar minha revolta. Deixo ela aqui pra ilustrar, e nem preciso dizer, quem perdeu a briga. O tempo me mostrou que ele estava certo, mas isso foi com o tempo, muito tempo!

Conceito A - O Som do Tempo

Um comentário:

  1. E essa música boa sempre inspirando textos! rs Gosto disseo, Xélo... de enchergar as histórias com esses olhos de hoje que você enchergou! Tempo mesmo é o tempo real... o presente!

    Um beijão.

    ResponderExcluir

Related Posts with Thumbnails