A repercussão da Operação Usurpação, levada a cabo pela Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Sorocaba, que culminou com a detenção de diversas autoridades de Itapetininga, entre elas delegados e membros da Prefeitura da cidade, cujo noticário alcançou âmbito nacional e internacional.
Se este fato lastimável evidenciou a perversão da função pública sendo utilizada por autoridades para ganhar dinheiro ilícito, por outro lado, mostrou o brilhante trabalho da Polícia Federal e da Gaesco e, também, que a população de Itapetininga não tolera mais corrupção, principalmente os jovens que saíram às ruas exigindo que não houvesse impunidade. Foi a juventude, quem em defesa da ética, organizou-se e deu a voz a um povo que não aceita mais injustiça e outros abusos de poder.
Por isso, recebemos com espanto e desprezo, a "irônica" noticia que um dos acusados de envolvimento da Operação Usurpação, que chegou a ser detido, esteja processando os jovens que agiram em nome da ética.
Dita autoridade que foi indiciada na Operação Usurpação está acusando os jovens que nada mais fizeram a não ser exercer a cidadinia de forma pacifica, ordeira e exemplar, de te-lo caluniado e, pasem, ainda tentou criminalizá-los por formação de quadrilha ou seja, uma vergonhosa tentativa de intimidar a juventude que exerce o direito à livre manifestação.
As pessoas de bem de nossa sociedade não podem tolerar esse absurdo. Não bastasse todo esse vergonhoso esquema de corrupção, agora querem cometer outra atrocidade, impedir o direito a livre expressão e a luta por justiça e dignidade.
Carla Clemente
Professora de Filosofia
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