Há um ano atrás, no último sábado do mês de Janeiro de 2010, estava rolando em Itapetininga um evento de Reggae chamado Jah´Sus Fest.
A ideia da festa era levar mais paz e amor pra toda galera presente. De fato a rapaziada estava em paz. Não havia motivos aparente pra se preocupar. O amor também rolava naquele ambiente, os amigos se abraçavam, tiravam fotos e dançavam juntos.
Quem trouxe uma palavra pra galera foi o Gito que falou do amor e de uma paz duradoura que não ficasse apenas na letra da canção, e sim, no coração de cada um.
Logo quando terminou a apresentação da banda, uma mensagem chegou no meu celular e me fez ficar um tanto quanto perdido. A mensagem era breve e curta, o suficiente pra gerar desespero: “O pai do Gilmar morreu”.
Gilmar é um amigo que também estava presente no evento. A festa acabou pra nós. Aí começava a outra correria, agora atrás de caixão, liberação do corpo, plano funerário, etc.
Lá estávamos nós, toda galera reunida na frente de um hospital pela madrugada. Toda paz e amor pronunciados pouco antes, era necessário ser verdade naquela hora. E foi!
Em meio a tristeza dos familiares, rolava abraços, carinho, presença, lanches emprovisados e blusas emprestadas. Vi em plena madrugada, agora sem o som do reggae, a rapaziada não somente falando mas vivenciado a paz e o amor.
Alguns meses depois, em Setembro de 2010, nosso amigo Gito esteve presente em Itapê novamente. Por ironia da vida, surpresa de Deus, ou seja lá o que for isso, estavamos mais uma vez juntos em mais um enterro. Dessa vez era o pai da minha namorada, Rebeca, que morreu esfaqueado um dia antes.
Novamente andávamos eu e o Gito pelos corredores do cemitério, mais uma vez se perguntando, por que, pra que e como enfrentar esse momento? Ninguém tinha resposta clara sobre o assunto, mas uma coisa não dita era uma verdade vivida; Seja o que for que enfrentaremos depois da morte, o fato é que em vida devemos estar juntos, mesmo diante da morte, o que temos é uns aos outros, e aos que ficaram, a lição que Deus deixou é simples: Estejam sempre juntos cuidando uns dos outros em tudo que for possível, pois no impossível eu sempre cuidarei.
Gilmar e Rebeca, mesmo hoje vocês estando longe do pai nessa dor irreparável, contem com nossos ombros, braços e abraços. Temos um Pai eterno que nos compreende e irmãos que nada entendem, mas que no compartilhar das dores, ajudam para que ela torna menor, ou ao menos, possível de se enfrentar.
Naquele, em que quando o pai se vai continua sendo Pai, e também nos deixa irmãos,
Tchelo
Belas palavras Tchelo, que privilégio e alegria conviver um pouquinho que seja com vocês e poder notar a vivência verdadeira dessas palavras, ver a Paz e o Amor de Deus sendo levados às pessoas através da vida de vcs em diferentes circunstâncias. Lembrei de um trecho de uma música do João alexandre que diz assim: "...Chorar com quem chora, rafaz toda a história, transforma a tristeza em flor..." Que Deus continue abençoando vcs todos, todos os dias. Um abrço, Nadia Catherine.
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